sábado, 24 de dezembro de 2011

Querido Rodolfo de (quase) dez anos:

Estamos no natal de 2011, quase ano de 2012, e vc esta fazendo 30 anos em breve. Sim, 20 anos parecem realmente distantes, mas ca estamos!
Cara... tem tanta coisa que eu queria te contar! Mas tem pouco espaço aqui e o pessoal vai me chamar pra jantar em breve.

Algumas coisas que eu quero que vc lembre, sempre, que podem corrigir algumas falhas suas no futuro - e melhorar suas qualidaes:

-Comece a tocar violão e guitarra JÁ! Lembra quando vc dançou escutando queen na frente do espelho? Não espere mais seis anos pra começar. Comece JÁ, isso pode não render dinheiro, mas com certeza vai te fazer feliz. E ganhar garotas!
-Perdoa teu pai por ficar pouco contigo. Ele trabalha bastante, mas ama demais a ti, e sempre anda com tua foto - e a do teu irmão também.
-Continua amando teu irmão assim. Vocês são grandes amigos até hoje.
-Respeita as meninas, mas não seja bobão. Amor vem e vai, e muitas vezes é menor do que parece.
-Não largue o Judô! Tu pode ser novo ainda, mas daqui a uns poucos anos além de fazer um esporte, tu vai poder dizer que é faixa preta!!! (Legal né?)

tão me chamando pra jantar. Lemba: Tu é MUITO FODA e vai ser mais ainda, se acreditar nisso. Um beijo do teu "eu" de 2011/2012

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Back in Black

Essa música tem alguns significados. Primeiro, musical. É um ícone do bom e velho Rock, tem pegada, timbre, qualidade e força. Segundo, a letra fala do luto. Alguém que volta mais feroz e valente do que nunca.
Não me sinto bem valente, mas me sinto de volta. De volta a escrever em blog, depois da revolução do twitter e do facebook e suas atualizações. Desativei meu facebook e abandonei o twitter às moscas reclamonas e enviadoras de spam.
Um blog tem uma função interessante: quem quer te ler, vem aqui e lê. Tipo um amigo que visita. Redes sociais não passam de grandes bares barulhentos onde todos gritam e ninguém se escuta. Mais solitário do que ter "0" comentários nas postagens. E uma vantagem: A possibilidade de dissertar.
O exercício de concisão que as redes nos obrigam não é tão saudável. É limitante. Impossível resumir um parágrafo em uma linha sem perder conteúdo. Nem falo de estilo. O que gera aquelas timelines imensas, com curtos comentários bobos sobre coisas mundanas, que a gente fala pra si próprio. Meu amigo Mauricio Costa disse que a próxima tendência é alguma rede prolixa, com número mínimo de 300 caracteres. Talvez seja exagero, mas tenho sentido falta de falar, falar de verdade. Expôr, dissertar, divagar... Acho que muita gente também sente isso. Daí a gente pode novamente criar e citar metáforas de autores que até já esqueci. Afinal, os autores que se cita hoje são os twitteiros...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nunca pensei que ser excluído de uma banda pudesse ter um efeito tão negativo sobre a minha vida, me afetar tanto. Mas afetou.
Fui contratado como tecnico de som e, atualmente, não me considero mais um músico, como me considerava. Nem tenho estudado música, devido ao tempo que está sempre meio esgoelado.
Mas o fato é que fui chutado de um modo repentino, covarde, e traiçoeiro
Me parece muita coincidência que, um dia após assinar um contrato com uma produtora, a banda resolva mandar um e-mail assim:
Caro Rodolfo :
Preferimos por e-mail, pois sinceramente, pessoalmente ou por telefone acho que a voz iria engasgar
(por que está fazendo isso então?)
e não conseguiria terminar uma frase. Espero que este e-mail não venha de encontro ao que mais prezamos que é a amizade que acima de tudo permanecerá sempre.
(bola nas costas não é coisa de amigo, correto?)
Nos reunimos para conversar sobre a tua presença ou não na (XXXXX), para tu veres como a decisão estava muito difícil de ser tomada que tivemos que conversar umas quatro horas para tomar a decisão final.
(Pouco pra expulsar alguém. Se ao fosse algo reiterado e antes conversado, OK. Mas assim "de repente" é estranho.)
Optamos por não ter mais tua guitarra na banda, sabemos que és um grande guitarrista, e toca muito mesmo, porem a questão não é musical e sim comportamental, pois como estamos correndo por algo maior para a (XXXXX), entendemos que a tua energia não esta na mesma sintonia que a nossa, ou seja, a harmonia não esta rolando entre os demais integrantes e você.

ENERGIA? Que papo é esse? Energia é vontade, trabalho, e isso nunca me faltou na banda. Estive com dificuldades financeiras e de tempo por causa do unico trabalho que me apareceu e deixei isso bem claro desde sempre, para que não fosse motivo para posteriores desentendimentos. Se estão falando de "Jeito de Ser", aí é outra palavra: PERSONALIDADE. Que vem de "pessoa", característica única de cada ser humano. Se minha "personalidade" não é como alguns da banda desejam, isso significa que essa banda tem uma INTOLERÂNCIA bastante grande, visto que nunca pára na mesma formação. Lamento se eu mostro o que penso, enquanto outros engolem as coisas. Não tenho sangue de barata.


Mais uma vez insisto em te dizer que foi difícil tomar a decisão, se fosse fácil não estaríamos te mandando este e-mail.

Sim, mandar um e-mail é fácil e mostra o quão deficiente de PERSONALIDADE é a banda.

Para alguns de nós foi mais difícil ainda pois temos um contato maior contigo.
Pois me decepcionaram
Em fim, esperamos sinceramente que você consiga entender e respeitar an ossa decisão sem que isso afete nossa amizade.
Espero que consigam ser decentes o suficiente de arcar com as consequencias de suas decisões no futuro.

Grande abraço e muito sucesso pra você.
(XXXXX)

E depois, o email do líder da banda, que tem mil faces mas na verdade não tem nenhuma:

E aí cara..sei que não está tudo bem. Primeiro lugar queria te dizer que estou escrevendo este e-mail porque tu me conheces e sabes que tenho dificuldades em expressar o que sinto falando. Sou melhor expressando por palavras escritas ou música.
Sim, por isso se deixou levar e permitiu uns traíras me chutarem da banda.
Eu estou bem triste, chateado e te confesso que esta decisão foi muito difícil de se tomar. Foi uma decisão de todos. Não apenas de um.

Isso foi ACEITO por todos mas a decisão certamente foi minoritária
Rodolfo, eu te acho um cara com um coração muito bom, sempre falei isso para todos da banda. E para meus amigos. Uma pessoa boa, com sentimentos bons. Nunca vou querer teu mal e pelo contrário sempre foi torcer pela tua felicidade. A gente se dá bem e você sabe disso, não apenas como amigos, mas também musicalmente.

Poisé. Também pensava isso até receber aquele email.
A questão que colocamos foi apenas de certos comportamentos e alguns pensamentos diferentes talvez ou não com os nossos.

ALGUNS PENSAMENTOS DIFERENTES OU NÃO??? Peraí, que tipo de decisão é essa?
Não está sendo fácil para nós também, principalmente para mim e para o Kdu (e Paula) que tinhamos mais contato contigo.
bla bla bla, ninguém pensou o quanto seria difícil pra mim.
Sei de quanto tu te esforçou, te quanto tu deu o melhor de sim para a (XXXXX). E sei o quanto tu gostas do trabalho. Eu só tenho a agradecer por tudo que fizestes por nós, por todos momentos bons que passamos. Peço desculpas por alguma coisa também.
Espero que nossa amizade jamais se afete por causa disso. Eu sou péssimo para separar o profissional do pessoal, tu sabes. Está sendo bem difícil.

Estou aqui para qualquer coisa. Pode contar comigo sempre! Não foi fácil também ler teu e-mail. Rodolfo, estou aqui como amigo do teu lado.


Tá bom então. Fica minha revolta aqui do meu lado.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Resolvi dar uma chance aos signos e suas descrições.
Me impressionei.

lembrando que o ascendente é justamente o que descreve o comportamento externo, enquanto o signo mesmo é aquilo que move a pessoa.

Por isso, creio, sou tão contraditório.

Capricórnio:
Emocionalmente distante,
Na solidão se entrega à melancolia
Rígido com os outros e consigo mesmo,
Evita falar de sentimentos,
Quando a emoção vem, se encolhe apavorado
Não gosta de riscos.
Não sabe lidar com o que está além de si
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Lua natal em PEIXES:
Natureza hipersensível.
Absorve a energia do ambiente e das pessoas, desenvolvendo um alto senso de compreensão e compaixão.
Seu romantismo o torna vulnerável a mágoas e decepções;
sua imaginação o faz reagir a coisas que não estão, de fato, acontecendo.
É introvertido, gentil, sonhador e bondoso. Precisa de relações afetuosas e de sentir-se amparado para obter segurança emocional.
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Ascendente Sagitário
Otimista, exagerado, extravagante e suas metas são sempre grandiosas.
O mundo é um lugar a ser explorado, com inúmeros caminhos
É inquieto e parece estar sempre com pressa,
Sua busca é pela sabedoria através do amplo conhecimento da verdade de todas as coisas, mas irá realmente alcançá-la se procurá-la dentro de si mesmo, ignorando as influências e as aparências externas
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terça-feira, 16 de junho de 2009

Ontem mais uma vez me perguntei o sentido real da "sanidade" e do "mundo real". Estava entre quatro amigos (um deles meu irmão), quando um mendigo começou um discurso desconexo, enquanto meus amigos discutiam o papel da revolução francesa no engessamento da sociedade e sua importância histórica na transição pra um sistema capitalista diferente do que havia até então.

Fiquei escutando o mendigo.

Não vou lembrar as pérolas, mas duas delas foram:
"Vós não compreendes! Vós! Vós que és a bactéria do mundo, peste negra!"
"Tu comeu a Terra, e agora, vai ter que cagar a Terra? Bom, até se conseguir tudo bem. Pior se der uma congestão!"

Várias outras me surpreenderam, e eu me matava de rir enquanto os guris falavam em Baudelaire e Jacobinos...

domingo, 14 de junho de 2009

Li num Blog que Adiós Nonino foi composto anos antes da morte do pai de Piazzola, e somente após sua morte que Piazzola a compôs e gravou.
Do mesmo modo, eu sempre chorei escutando esse tango, (e também "Years of Solitude") porque me remetia a meu pai, mas sem ter claro o porquê. Acho que intuitivamente eu ligava o fato de ele escutar muito tango e música gaúcha (que têm o acordeon como instrumento líder), e a palavra "adiós", como a perda inexorável dele.
Ele, que sempre foi um tanto distante de mim e de meu irmão, cuja proximidade eu sentia falta sem entender.
Hoje ainda tento entender, mas ao menos sabê-la, sei. E logicamente, hoje o tango faz mais do que sentido.
Adiós Nonino.
Alguma dúvida de que os roqueiros mais frenéticos e os comediantes mais compulsivos não mais do que mascarem sua fragilidade?